Descobri um site na internet sobre moda, adoro! E me deparei com esse artigo sobre a sociedade de consumo, que é a realidade na qual vivemos... Será que realmente temos que consumir tudo de novo que há no mercado? Será que não devemos consumir nada e ter vergonha da vontade de comprar? Muitas perguntas...
E gostei do ponto de vista que o blog Festa no Closet trouxe... Na verdade tudo se trata de equilíbrio!
Não é vergonha querer ter alguma coisa, e lutar para consegui-la, vergonha mesmo é não trabalhar, falar mal de quem lutou para ter, ou se achar no direito de se apropriar indevidamente do que não lhe pertence - roubar/furtar- agora gostar de se arrumar, gostar de ter um aparelho(celular/computador) potente, não faz mal algum, o que se deve sempre buscar é a ponderação-razoabilidade, saber se realmente você precisa do objeto de consumo, se ele lhe trará benefício ( que pode ser estético, tecnológico-auxilio para a execução do trabalho, ou até mesmo moral, o simples sentimento do ter-saber que o seu trabalho deu frutos e que você pode se dar aquela coisa) E SE É O MOMENTO CERTO- FINANCEIRO- PARA ADQUIRI-LO.
Que moda vai e vem todos sabemos, fato é: abalar se por causa de uma tendência é um clichê que temos- sociedade de consumo- que mediar, se não remediar, não dá para perder noites de sono e tranquilidade por causa de contas absurdas feitas para satisfazer aparências, ego alheio, para se encaixar...
Moda VAI E VEM, do mesmo jeito que veio, virá outra, e se o preço desta agora não cabe no orçamento, aguarde, não se desespere, logo outra virá para ocupar o lugar desta, junte o seu rico dinheirinho, que oportunamente poderás adquirir o - um algo tendência/moda que se adapte a você, e que talvez seja mais de acordo com sua personalidade. Não vale apena se endividar por uma tendência.
Às vezes compra-se coisas por comprar, por esporte... Tendo o dinheiro, condições para fazê-lo, ok; porém admite-se que essa não é a realidade de nossa classe, TRABALHADORES. Então aguarde, pesquise, barganhe. PENSE, uma, duas, três vezes... Não gaste por impulso, até porque quando achares algo que realmente valha a pena, já não terás o valor para tê-lo.
Quanto mais penso em consumo, mais enxergo relação direta com os relacionamentos interpessoais, hoje não se tem mais amizades duradouras, amores épicos, tudo é efêmero, tudo é feito para acabar, com prazo de validade...
"O valor da produção não está no valor do uso dos objetos, mas sim no valor de sua morte, já que não foram feitos para durar. Assim, surge o termo reciclagem, que é o que melhor define o funcionamento do sistema de consumo. A moda é um ótimo exemplo de reciclagem, porque, como está definido no dicionário Aurélio, “consiste na mudança periódica de estilo”. E, por ter caráter coercitivo, quem não se reciclar a cada nova estação, a cada coleção, não é considerado um verdadeiro cidadão da Sociedade de Consumo. A efemeridade da moda faz com que os consumidores busquem acompanhá-la, mesmo que seja necessário trocar um produto por um novo em um breve espaço de tempo. Isso faz com que as pessoas passem a vida desejando, pois quando se consegue algo, logo surge um novo sonho de consumo, um novo objeto de desejo. Assim, não há uma satisfação completa, ela é apenas instantânea. Quando se adquire um produto, ele acaba logo. É como diz o sociólogo Zygmunt Bauman, em seu livro Globalização – As conseqüências humanas, ao citar Mark C. Taylor e Esa Saarinen: “O desejo não deseja a satisfação. Ao contrário, o desejo deseja o desejo.” E mais ainda: “ Para o consumidor, viajar é melhor do que chegar”. "
Para ler a íntegra do artigo:
Festa no Closet: Post Début - A Sociedade de Consumo
